quinta-feira, 24 de março de 2011

O assento está vago?


Tristeza. A palavra é nova. O sentimento, este sim, já nasceu pronto. Há 3,5 bilhões de anos, as primeiras moléculas que viviam brincando de se juntar naquela gororoba do oceano primitivo e, sem querer, deram origem a seres de maior complexidade, sentiram tristeza. Aposto que relembraram com saudades dos bons e velhos tempos, quando tudo era assim, mais "simples". Os dinossauros, soberanos do planeta por outros tantos milhões de anos, devem ter ficado muito tristes quando viram o letreiro subir com a palavra "FIM". A maior decepção já registrada na história da humanidade também serve de exemplo. Imaginem o quão pequenino ficou o coração do jovem (H)ebreu Jesus, que se deu ao trabalho de descer até a Terra para livrar a humanidade dos seus pecados e foi apunhalado e morto daquela forma horrorosa? Dá pra entender a tristeza profunda das moléculas...
Seria possível viver num mundo onde não houvesse a tristeza? Há quem defenda a idéia de que ela precise existir para dar um tempero especial à vida. Tom, Vinícius e tantos outros, ganharam fama e fizeram muita gente suspirar, alimentando sentimentos nada alto astrais. Vinícius em sua música FELICIDADE afirmou, categórico, que a tristeza não tinha fim.
Que o poeta me perdoe mas, não acredito na vida marcante da Senhorita T. Assim como tudo na vida, ela morre. E renasce. Mas sempre que ela ressurgir das cinzas, cabe a nós evitá-la a todo custo. Ignore-a. Mande-a embora. Diga que não tem trocado. Tristeza é amiga de ninguém, companheira dos piores elementos que se possa imaginar. Sempre disponível para acrescentar NADA na nossa vida. Não beba por ela, não fume por ela (não chore por ela!), não cometa loucuras em nome dela. Ela definitivamente não merece. Acredite em você porque a felicidade, movida a confiança e alegria, sentará logo ao seu lado.

P/ A.S

2 comentários:

Mari Cordeiro disse...

Pois sabe que eu acredito que todo sentimento é válido e temos sim que respeitar a todos eles. A tristeza tá aí no meio também, e merece todo nosso respeito. Acho que só assim saberemos como lidar com sensações tão complexas.
Tempera a vida sim. Mas com um gostinho amargo, de tempero queimado. O bom mesmo é quando ela vai embora. Aí sim, vem uma onda de sentimentos bons, alívio, bobeira - sim, isso mesmo, bobeira - alegrias, e é desse jeito que o doce vem, e equilibra aquele gosto amargo. Porque nada que é muito doce ou muito amargo nos faz bem, não é?
Beijinhos alegres pra você.

Renata C. disse...

Felicidade demais não pode ser ruim. Quero morrer entediada e diabética num mundo sem tristeza e repleto de alegrias! hehehehehehe...